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sábado, 11 de setembro de 2010


11 de Setembro de 2010
Sábado à noite.
E eu aqui, com meus sentimentos. Todos eles juntos e misturamos, sentada dentro de casa, não está bom, na rua vendo o anoitecer tudo parece pior.
Me pego revirando sentimentos passados, dos quais já nem lembrava mais, ou ainda revivendo tudo aquilo que um dia me fez mal.
Logo me vem à cabeça, palavras, cenas, tudo que me remete a uma lembrança de dias sofridos e amargos, dos quais nunca mais gostaria de lembrar.
É engraçada como a vida nos prega peças, e que mudados a partir disso, depois de certos fatos, minha vida, por exemplo, adquiriu um tom de seriedade. Justo eu? Que desejei a morte tantas e tantas vezes.
Pois bem, não acho isso nada bonito! Reconheço hoje o valor da vida ao acordar todos os dias e sentir a brisa do vento, em mim.
Porém sou uma jovem, que tem medo da vida, medo de reviver cenas, quero deixar as feridas se cicatrizarem. Para um dia poder-me sentir mais livre, sem rancor, ou mágoas. Não tenho o poder de decidir pela vida de ninguém, se for ver, nem pela a minha.
Neste momento da noite, o pavor já toma conta de mim.

‘’... fiquemos a esperar dias melhores...”

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